As afeições familiares, os laços consangüíneos, as simpatias
naturais podem ser manifestações muitos santas da alma, quando a criatura as
eleva no altar do sentimento superior, contudo, é razoável que o espírito não
venha a cair sob o peso das inclinações próprias. O equilíbrio é a posição ideal. Por demasia de cuidado,
inúmeros pais prejudicam os filhos. Por excesso de preocupações, muitos cônjuges
descem às cavernas do desespero, defrontados pelos insaciáveis monstros do
ciúme que lhes aniquilam a felicidade. Em razão da invigilância, belas amizades
terminam em abismo de sombra. O apelo evangélico, por isto mesmo, reveste-se de
imensa importância. A fraternidade pura é o mais sublime dos sistemas de
relações entre as almas. O homem que se sente filho de Deus e sincero irmão das
criaturas não é vítima dos fantasmas do despeito, da inveja, da ambição, da
desconfiança. Os que se amam fraternalmente alegram-se com o júbilo dos
companheiros; sentem-se felizes com a ventura que lhes visita os semelhantes.
Afeições violentas, comumente conhecidas na Terra, passam vulcânicas e inúteis.
Na teia das reencarnações, os títulos afetivos modificam-se constantemente. É
que o amor fraternal, sublime e puro, representando o objetivo supremo do
esforço de compreensão, é a luz imperecível que sobreviverá no caminho eterno.
"Permaneça o amor fraternal." Paulo (Hebreus, 13:1)
Publicação pela aluna Lailla Santos
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